de Emílio Carlos
Desliza tranqüilo
o barquinho de papel
na poça de água
embaixo do céu
O menino de sardas,
com cara de esperto,
decide jogar
uma pedra bem perto
do barco que aí
balança de montão
O menino se ri
até cair no chão
E joga outra pedra
mais perto ainda
E outra e mais outra
até que uma cinza
cai dentro do barco
O barquinho afunda
e pra todo lado
voa água e a lama
que por toda parte
já se esparrama
espirra no menino
que, todo sujo,
reclama:
- Que sujeira....